Enxofre no Diesel
O diesel nacional tem mais enxofre devido a características do petróleo extraído no Brasil, do tipo parafínico (pesado), enquanto na Europa e Estados Unidos o petróleo é mais leve, naftênico. Não se trata de vantagem conter mais enxofre, muito pelo contrário. O maior teor de enxofre leva a um maior ataque químico aos componentes do motor gerando óxidos de enxofre que lançados na atmosfera provoca irritações nos olhos e vias respiratórias.
Governos do mundo inteiro têm se preocupado com a questão e medidas vêm sendo tomadas para baixar o teor de enxofre do diesel, o que nas refinarias tem custo elevado. Atualmente o percentual é de 0,5% mas deveria ter baixado para 0,2% desde 2003. Esse teor de enxofre elevado do diesel brasileiro exige a adaptação dos motores para suportar os níveis mais baixos de enxofre. Uma alternativa seria aplicar motores tipo exportação no mercado interno, para que a transição ocorresse rapidamente, porém isto não seria tecnicamente possível, pelo fato dos motores tipo exportação serem projetados para níveis ainda menores do que se pretende aplicar no Brasil.
O ajustamento de conduta foi assinado como parte das compensações pelo descumprimento da Resolução 315/02 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelecia o prazo de 1º de janeiro de 2009 para a comercialização de motores e veículos com menores teores de enxofre e de óxidos de nitrogênio.
Pelo acordo firmado, a Petrobras, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, substituirá totalmente a oferta do diesel atualmente utilizado, com 2.000 partes por milhão (PPM) de enxofre, por um novo diesel que conterá 1.800 PPM. E a partir de janeiro de 2014, será totalmente substituída a oferta de diesel com 1800 PPM de enxofre por um com 500 PPM.
A Petrobras foi excluída do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da Bovespa, índice que reúne empresas que se destacam por seu compromisso com a responsabilidade social e a sustentabilidade. O motivo da exclusão é o não cumprimento por parte da empresa da resolução 315/2002 do Conama, que determina a redução do teor do enxofre no diesel comercializado no Brasil a partir de janeiro de 2009. O índice de redução deveria ser ainda maior, pois estes níveis de enxofre representam altos índices de poluição do ar. O resultado disso é a probabilidade de 25 mil pessoas contraírem câncer de pulmão somente no estado de São Paulo. Esta conta com gastos de saúde será paga pelos Governos e pela população, dinheiro que deixa de ser aplicado em outras necessidades como a educação.
O enxofre é nosso!!!!!!
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